As mulheres estudam mais, se comunicam melhor, são mais pacientes, detalhistas e perseverantes. Há quem diga que, à frente de equipes e empresas, elas seriam mais flexíveis, dinâmicas e objetivas que seus colegas do sexo oposto. Ainda ganham menos que os homens, mas a diferença vem caindo ano após ano.
Mesmo com todas essas qualidades, uma pesquisa inédita realizada pela PROSPERARE envolvendo 220 médias e grandes empresas familiares brasileiras, constatou que apenas 6% dessas companhias contam com mulheres em seu posto mais alto de comando.
O resultado foi surpreendente pois, as últimas pesquisas sobre o tema, nas empresas em geral, mostravam uma crescente participação da mulher nos cargos de chefia. Não esperava um índice tão baixo nas empresas familiares.
O fato de as mulheres, até muito recentemente, terem uma educação focada na maternidade e casamento é um dos principais motivos do número diminuto apontado na pesquisa. A ‘abertura do mercado’ para as executivas só começou a ganhar força nos anos 90, afetando de maneira significativa, somente as mulheres que hoje tem menos de 40 anos de idade.
A baixa rotatividade no cargo de presidente das empresas familiares brasileiras e a incomum contratação de profissionais externos para o preenchimento do cargo dificultam ainda mais a entrada das mulheres no alto comando. Com isso, as ‘janelas de oportunidade’ para sucessão do cargo ocorrem somente uma vez a cada geração. E como, segundo a pesquisa, 2/3 dos presidentes das empresas familiares brasileiras possuem mais de 50 anos, a geração atual no poder é aquela que entrou na empresa da família antes dos anos 90, data de abertura do mercado para as mulheres em geral, mas não para as familiares.
Realizada entre janeiro e dezembro de 2006 em parceria com o Data UFF – Instituto de pesquisas ligado a Universidade Federal Fluminense, a pesquisa elaborada pela PROSPERARE teve como objetivo traçar o perfil das médias e grandes empresas familiares brasileiras e identificar seu estágio de preparação para prosperar no longo prazo. O estudo pode ser consultado na íntegra, em PDF, no site da Prosperare, no endereço: http://www.prosperarebrasil.com.br/pesquisa_empresafamiliar.pdf
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